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Ricardo Ribeiro e Quarteto ARTEMSAX & Lino Guerreiro vencem o Prémio Carlos Paredes 2017
Ricardo Ribeiro e o Quarteto ARTEMSAX & Lino Guerreiro são os vencedores ex-aequo do Prémio Carlos Paredes na sua edição deste ano, com as obras “Hoje é assim, amanhã não sei” e “Projeto Michel Giacometti” (respetivamente).
O júri deste Prémio, promovido pela Câmara Municipal de Vila Franca de Xira desde 2003, considerou que os dois projetos vencedores, sendo estruturalmente diferentes, representam o que de melhor se faz atualmente e de forma complementar, por um lado no fado tradicional, e por outro na música tradicional, reinventada com um estilo único.
Numa edição em que se registou um total de 26 obras a concurso (trabalhos discográficos editados em 2016), foi uma vez mais salientada pelo júri a qualidade, quantidade e diversidade dos projetos apresentados, o que de certa forma contrasta com a crise vivida pelo mercado.
O Prémio Carlos Paredes é atribuído anualmente pela Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, sendo os trabalhos discográficos a concurso apreciados por um júri constituído este ano por José Jorge Letria (representante da Câmara Municipal), Pedro Campos (compositor e músico), Ruben de Carvalho (crítico musical) e Carlos Alberto Moniz (compositor e músico, representante da Sociedade Portuguesa de Autores).
O primeiro vencedor do prémio foi Bernardo Sassetti, com o seu álbum “Nocturno”, em 2003. Seguiram-se outros vencedores como Ricardo Rocha, Mário Laginha, Pedro Jóia, Ricardo Rocha, Rão Kyao, Carminho e Pedro Caldeira Cabral.
A data da cerimónia pública oficial de entrega do prémio, em que poderemos assistir à atuação dos vencedores, será anunciada oportunamente.
Sobre os vencedores:
Ricardo Ribeiro foi um dos nomeados em 2017 para o Prémio “Melhor Artista do Ano” pela prestigiada revista britânica Songlines (http://www.songlines.co.uk), precisamente pelo álbum “Hoje é assim, amanhã não sei”, e que considerou o músico como detentor da melhor voz masculina do Fado da sua geração. Nascido em Lisboa em 1981, a sua carreira musical iniciou-se aos 12 anos de idade, na Académica da Ajuda, bairro onde nasceu, acompanhado pelo guitarrista Carlos Gonçalves e o violista José Inácio. Tendo como principais referências os fadistas Fernando Maurício, Manuel Fernandes e Alfredo Marceneiro, Ricardo Ribeiro é sem dúvida um dos mais destacados valores da mais jovem geração de fadistas portugueses, não só pelas excelentes interpretações mas também pela forma como transmite emoções. A sua carreira caracteriza-se por uma participação intensa em diversos projetos ligados à Música, Teatro e Cinema. Feito Comendador da Ordem do Infante D. Henrique em 2015, são também de destacar os Prémios Revelação Masculina atribuídos em 2005 pela Casa da Imprensa e Fundação Amália Rodrigues e de Melhor Intérprete Masculino em 2011 pela Fundação Amália Rodrigues.
Em “Hoje é assim, amanhã não sei”, Ricardo Ribeiro conjuga a sua voz pujante a músicos de excelência e a letristas e compositores de grande valor. Autores como João Dias Nobre, Tozé Brito e Paulo de Carvalho integram este disco, que conta com produção e direção musical de Carlos Manuel Proença.
O Quarteto ARTEMSAX integra os músicos João Pedro Silva (saxofone soprano), João Cordeiro (saxofone alto), Rui Costa (saxofone tenor) e Hélder Madureira (saxofone barítono). Com 15 anos de uma carreira entusiasmante e reconhecida internacionalmente os ARTEMSAX têm vindo a procurar novos caminhos e formas originais de ligar a sua performance a um sentido pedagógico, procurando promover o gosto pela música e o despertar de sensibilidades. Reconhecidos pelo Ministério da Cultura pela sua relevância cultural, verifica-se a presença do grupo, em representação de Portugal, em eventos internacionais, e uma contínua parceria com a Antena 2 nos projetos realizados. É também de assinalar a criação de obras originais especialmente dedicadas aos ARTEMSAX por parte de diversos compositores, tais como Jorge Salgueiro, José Condinho e Lino Guerreiro e a participação na organização do “FISP – Festival Internacional de Saxofone de Palmela.
O compositor Lino Guerreiro iniciou os seus estudos aos 19 anos no Conservatório Regional de Setúbal. Desenvolve a sua atividade maioritariamente na área dos instrumentos de sopro. É diretor do projeto mixEnsemble, um projeto musical que tem como filosofia servir a música e os artistas, dentro de diferentes contextos musicais para os mais variados fins. É professor de Análise e Técnicas de Composição e de Música de Câmara no Conservatório de Música D. Dinis (Odivelas) e professor de Teoria e Análise Musical e de Música de Câmara na Escola Profissional da Metropolitana.
Na génese do “Projeto Michel Giacometti”, duas vontades se cruzam: a criação de um “objeto” promotor da identidade cultural Portuguesa e o desafio da procura da modernidade. O Cancioneiro Popular Português, de Michael Giacometti e Fernando Lopes Graça serviram de base para a recolha dos temas apresentados no disco, coabitando nestes a essência genuína da música popular e de novas abordagens estilísticas, denotadas nas orquestrações de Lino Guerreiro. Este é um trabalho de parceria entre o Quarteto ARTEMSAX e o compositor Lino Guerreiro, que conta com a participação especial do Grupo Coral Ausentes do Alentejo, os Bardoada - o Grupo do Sarrafo, Marco Fernandes (percussão), Paulo Machado (acordeão) e Trio de Cordas de Palmela.