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Acervo cultural cedido ao Município é mais um passo para o Museu da Tauromaquia em Vila Franca de Xira

O Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira enalteceu o acervo de bens culturais depositados pela Associação Portuguesa do Património Tauromáquico (CULTA), sublinhando o “serviço cívico” e a generosidade dos “doadores” da sociedade civil, que “assumiram a responsabilidade de não deixar perder este património e de o manter junto”.
Na cerimónia de assinatura do Contrato de Depósito, que decorreu no dia 3 de julho, na Fábrica das Palavras, Fernando Paulo Ferreira afirmou que “a entrada deste espólio no espetro do Município vem contribuir para irmos aumentando a massa crítica que nos permitirá vir a assumir o Museu da Tauromaquia em Vila Franca de Xira”.
Adiantou que “estamos já a trabalhar nisso, temos já um conjunto de pessoas interessadas também em ceder espólios, e temos vindo a trabalhar no sentido de encontrar o melhor conteúdo funcional para o Museu, que não pode ser um museu só do passado, tem de ser um museu que cative as pessoas no presente e, sobretudo, que projete também a tauromaquia, na cultura e enquanto representação viva da própria Humanidade”.
O presidente da Câmara Municipal sublinhou que “além de angariar espólio e conhecimento, o Município tem a obrigação de preservar e dá-lo a conhecer à academia e ao público em geral, e disponibilizá-lo pelos mais diversos meios para que seja um espólio vivo”.
A coleção, que ficará depositada no Centro de documentação do Museu Municipal de Vila Franca de Xira, é composta por cerca de 2010 documentos das mais variadas tipologias, sendo que cerca de 1586 são monografias (livros) e periódicos (jornais), podendo-se encontrar raridades com cerca de 50 relatos de corridas do séc. XVII e XVIII, incluindo 2 originais de Pepe Illo de 1796 e dois da tauromaquia de Paquirro de 1836.
O acervo é constituído por 424 cartéis, dos quais 229 são sobre as corridas na Praça do Campo Santana em Lisboa (1841-1887), os restantes dizem respeito ao Campo Pequeno cerca de 88 cartéis (1982-1917), à Praça do Príncipe Real, D. Carlos (1878-1880), Algés, Barreiro, Cascais, Vila Franca de Xira, Porto, Sacavém.
Todos os bens culturais estão em bom estado de conservação.
Pela sua importância literária, plástica e artística, é um acervo muito relevante, senão único no universo cultural tauromáquico ibérico e mundial.