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Apresentado e lançada a primeira pedra do Terminal Fluvial da Castanheira do Ribatejo

No passado dia 7 de julho de 2025, numa cerimónia levada a cabo pelos seus promotores - o Grupo ETE e o Grupo Pousadinha - e onde estiveram presentes, entre outros, o Secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Espírito Santo, e o Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Fernando Paulo Ferreira, foi apresentado e lançada a primeira pedra do Terminal Fluvial da Castanheira do Ribatejo (Terminal), projeto emblemático e fundamental no âmbito do transporte e da logística na Área Metropolitana de Lisboa.
Respondendo aos desafios da região de Lisboa e Vale do Tejo, seja no campo da sustentabilidade urbana e ambiental, da necessidade de infraestruturas do género e de aumentar a multimodalidade, no atenuar das desigualdades regionais, entre outras, o Terminal visa a multimodalidade com o Porto de Lisboa, de início, mas também e futuramente com o Porto de Sines (reunidas as condições para tal, nomeadamente, o desaçoreamento dos canais de navegação do rio Tejo).
Nas palavras de António Caneco, do Grupo ETE, "Trata-se de um investimento estratégico pensado para modernizar a logística da região de Lisboa e Vale do Tejo, reforçar a competitividade do Porto de Lisboa, e responder às necessidades ambientais, sociais e económicas da região”.
Na posse da palavra, o Presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Fernando Paulo Ferreira, referiu que a cerimónia em causa (e o arranque da construção do Terminal) é um ponto de chegada após um trabalho, diálogo e negociações entre o Governo e o município, que levou cerca de 13 anos, afirmando ainda que "este dia representa, sobretudo, um ponto de partida para uma nova forma de concretizar o sistema logístico metropolitano, com maior multimodalidade, com a retirada de camiões dos núcleos urbanos, e com a redução de emissões de carbono nas operações logísticas nacionais”.
Em termos ambientais, a operação do Terminal permitirá uma redução de cerca de 70% nas emissões de CO2eq/ton+km, bem como uma redução de cerca de 80% no consumo de combustível por TEU. prevendo uma redução entre 100 e 400 camiões nas estradas por dia (cada barcaça leva o equivalente a 100 camiões) e uma redução equivalente de 1.000 toneladas de emissões de CO2eq por ano.
Numa fase inicial, o Terminal fará uma movimentação superior a 2.500 toneladas de carga por dia, objetivando um volume de carga anual entre as 20.000 e 70.000 TEU por ano. No entanto, com a expansão do mesmo, o objetivo, em termos de volume de carga, serão as 200.000 TEU por ano.
O Terminal contará com uma área de operação de dois hectares, e terá um parque com capacidade para 300 contentores. Não menos importante, existe ainda a possibilidade da prestação de serviços de reparação e manutenção naval no local. De acordo com os promotores do projeto, serão criados 50 postos de trabalho diretos e 200 indiretos.
A construção do Terminal irá arrancar durante o presente mês de julho e estima-se que dure 12 meses, estando, por isso, em condições de operação no segundo semestre de 2026.
Nota final ainda para a referência, feita por diversas vezes ao longo da cerimónia, para a necessidade da construção da infraestrutura ferroviária que sirva toda a zona económica da Castanheira do Ribatejo, onde se inclui o Terminal, como, aliás, está previsto desde o início da construção da Plataforma Logística de Lisboa Norte. Sobretudo tendo em atenção o elevado crescimento de atividade económica que ali se tem verificado, e que se prevê venha a intensificar-se num futuro próximo.